Do ponto de vista jurídico, o crime de solidariedade não existe como tal, pois nenhum texto legal menciona expressamente esta expressão. É antes um slogan político usado para qualificar os processos, bem como as condenações daqueles que prestam assistência aos migrantes na França. Se você quer saber mais sobre esse assunto polêmico, este artigo deve lhe interessar.
Qual é o crime de solidariedade?
Le crime de solidariedade ainda é conhecido como crime de solidariedade. Esta expressão é utilizada para designar as leis que visam a priori combater as redes de imigração clandestina, mas cuja redacção limita a ajuda humanitária que pode ser concedida aos migrantes. Na França, o crime de solidariedade foi popularizado pelo Grupo de Informação e Apoio ao Imigrante (GESTI).
O que a lei diz sobre ajudar os migrantes?
Na realidade, a lei francesa reprime a entrada, permanência e circulação de estrangeiros em situação irregular. Esta infracção penal tem a sua origem na decreto-lei de 2 de maio de 1938 sobre a polícia de estrangeiros cujo objectivo é punir "todos os indivíduos que, gravitando em torno de estrangeiros indesejáveis, procedem a um tráfico vergonhoso de documentos falsos, passaportes falsos". Assim, este texto legislativo visa principalmente redes de tráfico lucrando com a situação dos migrantes por lucro.
O artigo 4.º do mesmo decreto-lei estipula que “a pessoa que, por ajuda direta ou indireta, tenha facilitado ou tentado facilitar a entrada, circulação ou residência irregular de estrangeiro” é punida com pena de prisão. Nesse sentido, o auxílio concedido a estrangeiros em situação irregular na França configura-se, portanto, como crime. No entanto, a lei prevê que uma pessoa não pode ser condenada por ajudar migrantes quando certas condições são atendidas.
Concretamente, não se pode condenar uma pessoa quando a ajuda que presta a um migrante lhe permite ter condições dignas de vida e não deu origem a consideração.
Quais são os limites da lei francesa?
Os limites da lei francesa em termos de ajuda aos migrantes preocupam-se:
- casos que não podem conduzir a uma condenação;
- a natureza da ajuda prestada;
- e as condições a cumprir para não ser condenado.
Na prática, esses diferentes limites levaram à consagração do princípio da fraternidade.
Casos que não podem resultar em condenação
Os exceções previstas em lei dizem respeito apenas aos casos em que o beneficiário do auxílio já se encontra no território. Estas exceções, portanto, não se estendem aos casos em que a assistência prestada no contexto de entrada no território. Na realidade, não é fácil perceber a nuance entre auxílio na entrada, movimentação ou permanência.
A natureza da ajuda prestada
Os auxílios aceitos pela lei francesa evitar uma condenação deve permitir que os migrantes beneficiem de condições de vida dignas e decentes e não tenham contrapartidas diretas ou indiretas.
As condições a cumprir para não ser condenado
As condições a cumprir para não ser condenado são um limite, porque eles não têm precisão. Com base no exemplo das contrapartes, percebemos que diferentes interpretações são possíveis.
E quanto ao princípio da fraternidade?
A consagração em 6 de julho de 2018 do fraternidade como princípio com valor constitucional pelo Conselho Constitucional é uma verdadeira vitória para as associações humanitárias. Graças a este princípio, a assistência prestada a migrantes (estadia e deslocação) para fins humanitários deixou de ser criminalizada. No entanto, a ajuda prestada no contexto da entrada irregular de migrantes em França dá sempre origem a uma situação ilegal.